
E de tanto assim pensar, pensou estar preso em suas próprias idéias. A lua presa na noite, a noite presa entre dias, os dias presos no tempo, o tempo preso nas horas. Ninguém mais agüentava Klaus, o claustrofóbico. Foi ao bar e abriu a primeira garrafa de whisky da noite. Imediatamente concluiu que não podia deixar todo aquele líquido preso dentro da garrafa... e, pensando nisso e nas outras garrafas do bar, passou a esvaziá-las uma atrás da outra. Ufa!
Completamente bêbado, com a barriga estufada, pensou em todo aquele líquido preso dentro dele e tonteou. Tonteou uoetnot e vomitou... e vomitou como nunca. E de tanto vomitar, vomitou até virar do avesso. Finalmente saíra de dentro de si mesmo - Klaus agora estava livre. Ah! se ele soubesse disso antes.