
Maria aceitava de tudo mesmo! Dizia que a hora dela chegaria. Queria um jantar a luz de velas, mas aceitava-o quando faltava eletricidade no barraco. Queria um telefone celular, mas aceitava a cara feia da vizinha fuxiqueira (que tinha telefone) passando o recado. Queria filhos estudiosos, mas aceitava-os desleixados. Queria andar de avião, mas aceitava ainda a condução.
Maria aceitava de tudo mesmo, dizendo que a hora dela chegaria. E chegou: morreu na segunda-feira passada.
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